O Governo de Jacarta considerou que a obra de Robert Connoly é “ofensiva”, por documentar a forma como cinco jornalistas com base na Austrália foram assassinados nos dias que precederam a ocupação indonésia de Timor-Leste, em 1975. As Forças Armadas solicitaram na primeira quinzena de Setembro à censura indonésia que proibisse o filme sobre o drama ocorrido na localidade timorense de Balibó, onde alguns enviados da informação em língua inglesa tentaram relatar para o exterior a iminência da invasão da antiga colónia portuguesa por tropas do regime ditatorial de Suharto, que vigorou de 1967 a 1998.
“Balibó”, estreado a 24 de Julho, na inauguração do Festival Internacional de Cinema de Melbourne, está programado para ser exibido em Dezembro no Festival de Cinema de Jacarta, mas aguarda há dois meses a luz verde dos censores.
Já em 2006 diversos filmes sobre Timor-Leste foram proibidos no Festival de Jacarta, para não ofender os sentimentos da classe castrense indonésia, que ainda evita que se faça luz sobre todas as atrocidades cometidas durante a ocupação indonésia, de 1975 a 1999.
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