"Vejamos o protesto do leitor António Dias: "O DN não cessa de surpreender! A frescura da atitude, a informalidade à la SIC Radical, são contagiantes. Ainda hoje se podia ler (e na primeira página) esta pérola de linguagem coloquial: 'A PSP pediu ao SIS informações sobre a possível presença de elementos extremistas anarcas (...)'. Se o tom 'tu cá tu lá' pega, ainda nos arriscamos a ler , um dia destes, que 'a tia Ilda é a cabeça de lista comuna para o PE' ou que 'os chuchas continuam a pedir a maioria absoluta'...
Valha-nos Deus. Cumprimentos ( e não 'ciao, pá')".
A pedido do provedor, escreveu o director João Marcelino: "O leitor tem inteira razão no ponto fundamental da carta enviada ao provedor: o DN não pode usar expressões como a que surgiu no texto de manchete da capa em causa.
Tratou-se, claro está, de um lapso pelo qual nos penitenciamos e pedimos desculpa a este e a todos os leitores.
Estamos perante um caso de uma infeliz transposição para o jornal de uma expressão usada no 'calão' das forças policiais, para a qual o DN acabou por se deixar arrastar, usando-a sem a necessária reflexão. É uma situação pontual, que nos esforçaremos para que não se repita. Ainda assim, espero que o nosso leitor reconheça que este exemplo está longe de se poder comparar aos utilizados na caricatura, irónica, que faz na carta dirigida ao provedor ('a tia Ilda é a cabeça de lista comuna para o PE' ou 'os chuchas continuam a pedir a maioria absoluta'.)."
Mário Bettencourt Resendes, no Diário de Notícias.