Num longo discurso, de 20 páginas, hoje proferido durante a sessão de doutoramento honoris causa que recebeu pela Universidade Nova, onde deu aulas, durante 15 anos, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Balsemão lembrou os tempos em que foi atacado pelo próprio jornal que fundou, o “Expresso”, e que há uma batalha pela liberdade de expressão que nunca termina e que nunca está ganha.
É sabido, também, que, quando fui primeiro-ministro de Portugal, durante dois anos e meio – o que, aliás, na altura, marcou um recorde de permanência no cargo – o Expresso me atacou. Aqui quero deter-me um pouco, para dizer que esses ataques foram por vezes exagerados e mal fundamentados, para não dizer maldosos. Essa ânsia freudiana e calculista de matar o pai manteve-se, aliás, com erupções regulares e sem grande êxito, até hoje”, diz o fundador do semanário que acrescenta que nos anos 1980, como agora, procurou sempre defender a liberdade de informar: “Procurei sempre ser coerente com um princípio que não basta proclamar, porque é preciso praticá-lo no dia-a-dia: a defesa intransigente da liberdade de informação.” Ler mais aqui, no Público.
Ana Isabel Silva, nº13314