O editor da revista Oculta, uma publicação dedicada às ciências ocultas, foi condenado hoje a 200 dias de multa e a pagar três mil euros de indemnização ao director do jornal Barcelos Popular. “É uma sentença que vem repor a verdade e vem mostrar que qualquer publicação, seja ela do oculto ou de bruxaria, não pode atacar a vida privada de ninguém”, referiu à Lusa, José Santos, director do jornal Barcelos Popular. Esta manhã, o Tribunal de Barcelos condenou Luís Ferreira Alves, conhecido como ‘Mestre Alves’, a 200 dias de multa e ao pagamento de uma indemnização no valor de três mil euros a José Santos pelos crimes de difamação e calúnia. Em causa está um texto assinado por Luís Alves, editor da revista Oculta e com gabinete de atendimento sobre ciências ocultas em Vila do Conde. No texto, Mestre Alves tecia várias considerações sobre José Santos embora nunca tenha citado o nome do director do Barcelos Popular. Publicado na revista Oculta, em 2007, o artigo descreveu situações e assuntos que, em tribunal, não foram dados como provados. “O artigo em causa era muito ofensivo para a minha pessoa e até para a minha família e parecia ser uma espécie de resposta a uma página de sátira que o Barcelos Popular publica e onde, por vezes, usamos as previsões que o Mestre Alves faz”, salientou José Santos.Em tribunal, Luís Ferreira Alves alegou não ter escrito o texto, apenas o tendo assinado. A Lusa tentou contactar o editor da revista Oculta mas, Luís Alves esteve sempre indisponível. “É uma sentença muito importante não pela indemnização mas pelo facto de vir limpar um nome”, finalizou o director do Barcelos Popular.
Fonte: Lusa.